10 de jul. de 2012

De março de 2005 a abril de 2010 trabalhei no Setor Educativo do Centro Cultural Justiça Federal.
Foi um período da minha vida riquíssimo, divertido e inesquecível.
O Educativo foi implantado pelo Desembargador Federal Paulo Barata, quem me convidou a coordenar o setor e, por sugestão do ex-diretor executivo Cícero de Almeida, museólogo, intelectual e amigo, participei de constantes encontros da REM - Rede de Educadores de Museus, experiência que levarei para o resto da minha vida.
A educação permeia todos os nossos atos. Portanto, saí do Educativo mas o Educativo jamais sairá de mim. Tornei-me uma educadora quando tomei consciência de que estamos todo o tempo de nossa vida educando. É impossível deixar de ser um educador.
Durante estes cinco anos recebemos o público, especialmente escolas.
E foi um trabalho que me proporcionou muita alegria.
É do meu temperamento a paixão pela convivência com os diferentes públicos, principalmente com as crianças.
Tivemos a sorte da internet já ser um instrumento fácil.
Neste blog estão registrados os melhores momentos do Educativo durante este período: atividades, depoimentos, fotos, filmes, enfim, tudo que permeou nossas atividades.
Tomara que a Internet viva para sempre.
Relembrar é viver.

10 de abr. de 2011

"Uma parisiense no Brasil" foi o tema consagrado de 2009, a grande efeméride que celebrou o ano da França no Brasil.
Os cem anos do prédio histórico que abriga o CCJF também foram celebrados, com pitadas saborosas de humor e convites à reflexão.
Recebemos milhares de alunos trazidos por professores maravilhosos.
Aqui guardamos a memória de alguns trechos da dramatização, depoimentos de professores e alunos, e convites para outras atividades que realizamos.
O apoio dos Médicos Solidários, oferecendo transporte para quem veio de longe, lanche, e ainda patrocinando oficinas de dança, arte, reciclagem artística e maquetes também engrandeceu o nosso trabalho.
Os artistas Sérgio Cezar e Robson de Souza também foram parceiros nessa empreitada.
Juntos, vimos muita gente se divertir aprendendo.
Aprendemos juntos, ensinamos juntos, rimos muito e nos emocionamos.
Algumas lágrimas também regaram nosso caminho.
Nada podemos sozinhos.
Para marcar o ano da França no Brasil e o centenário do prédio do CCJF, o Setor Educativo programou uma série de atividades para 2009.
"Uma parisiense no Brasil" é uma divertida visita orientada baseada nos relatos dos viajantes franceses.
O visitante aprende, relembra, reflete e conhece detalhes deste olhar feminino, francês e agudo sobre o brasileiro.
A platéia participa, dança, canta e ri com as "francesas".
A história do prédio começa na França de Haussmann, passa pela construção da Avenida Central, pelo restauro do "Supreminho", e termina contando a história de um Centro Cultural.
De brinde, Adélle Touissant e Michelle Toussil relatam suas experiências no Brasil. Nos anos de 1550 e 1850, estas francesas tiveram muito o que falar dos costumes dos brasileiros e brasileiras.
Michelle é uma personagem inventada, viúva, louca pra casar de novo, que acreditava em tudo que lia sobre o Novo Mundo.
Está na maior dúvida (em 1550) se vem ou não para o Brasil. Acredita que aqui as frutas nascem em compotas, mas tem medo dos monstros, dos canibais e dos índios pelados.
Qual será o destino da viúva e ingênua Michelle? Será que ela vem para o Brasil?
Adélle Touissant é uma escritora que realmente existiu e que viveu dez anos no Brasil. Veio com o marido e um bebê de colo e aqui teve seu segundo filho. Escreveu um livro, do qual tiramos o nome da dramatização, Uma parisiense no Brasil, onde relata com perspicácia os costumes dos brasileiros, que já andavam lá pela Rua do Ouvidor.
Veio trabalhar, como muitos franceses, professores de dança, de piano, costureiras, cabeleireiros e confeiteiros.
Como relata em seu livro sincero, estranhou os hábitos dos brasileiros. Mulher direita não saía à rua sozinha, as frutas não precisavam ser divididas em pedaços, como na França, e as mulheres brasileiras entregavam com tranquilidade seus filhos aos cuidados das escravas, o que jamais aconteceria em sua terra natal.
Será que Adélle vai se dar bem no Brasil ou voltar de mãos abanando para Paris?
O que o destino reserva para estas duas francesas?
A terceira francesa é Madame, que teima que os brasileiros falam francês.
Madame "recebe" as amigonas de mais de trezentos anos.
Afinal, os brasileiros andam nus?

Minueto

Dance conosco o minueto

Cante conosco

Ano da França no Brasil

1 de mar. de 2010

Mitologia grega.

16 de jul. de 2009

18 de mai. de 2009

Sugestões de leitura

Sugestões de leitura relacionadas à dramatização

Uma parisiense no Brasil – Adéle Touissant – Ed Capivara
Viagem à Terra do Brasil - Jean de Léry - Ed Itatiaia
Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais - Auguste de Saint-Hilaire - Ed Itatiaia
Mulheres viajantes no Brasil – 1764-1820 de Jean Marcel Carvalho França – Ed José Olympio
Visões do Rio de Janeiro Colonial
Brasil-França cinco séculos de sedução - de Mario Carelli da Ed Espaço e Tempo
Culturas cruzadas – intercâmbios culturais entre França e Brasil – Mario Carelli – Ed Papirus
O mundo das calçadas - Eduardo Yázigi – Ed Humanitas FFLCH/USP
Todas as cidades, a cidade – Renato Cordeiro – Ed Rocco
A alma encantadora das ruas – João do Rio – Várias editoras publicaram. Disponível no site do www.domínio público

FILMES:
“Os miseráveis” – com Liam Neeson (da obra de Victor Hugo mostra Paris na era Haussmann)
“Germinal” com Gerard Depardieu (da obra de Emile Zola mostrando o cotidiano duro dos operários franceses do século XIX)